segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Alimentos preventivos

Praticar uma nutrição equilibrada envolve a escolha de alimentos que garantam o aporte ideal de vitaminas, minerais e antioxidantes. 


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Para termos uma saúde equilibrada é necessário praticarmos uma boa alimentação, este é o ponto mais importante para nos mantermos bem fisicamente.

Através dos alimentos recebemos todas as vitaminas e nutrientes necessários (minerais, vitaminas, proteínas, açúcar, gorduras), por isso, uma boa alimentação influencia o funcionamento dos vários órgãos e sistemas do nosso corpo.

Também factores como o nosso bem-estar mental, o nosso comportamento, o nosso humor, a nossa memória, a nossa inteligência e a nossa disposição física e sexual são influenciados por aquilo que ingerimos.
Sem uma boa alimentação o organismo poderá sofrer alterações no que diz respeito ao sistema imunitário e à sua resistência, e com isso estar mais susceptível a todos os tipos de doenças.Na natureza encontramos os alimentos ideais para conseguirmos manter o equilíbrio do organismo.

Alguns alimentos podem mesmo ser considerados remédios para o corpo, visto ajudarem a prevenir e por vezes a curar alguns problemas relacionados com a saúde física e mental. Assim, devemos saber escolher os alimentos que ingerimos diariamente, variando o mais possível.

Cenoura e o retinol

A vitamina A, também chamada de retinol, como o próprio nome indica actua na retina. Com uma dose diária recomendada (DDR) de 800 µg basta comer metade de uma cenoura média por dia para ingerir a DDR. Com esta toma, prevenimos o aparecimento de problemas a nível da visão, tal como dificuldade de visão nocturna e até mesmo cataratas.

Esta vitamina encontra-se em diversos alimentos de origem vegetal e animal:

Alimentos de origem vegetal

- Abóbora
- Manga
- Alperce
- Hortofrutícolas de cor amarelo e ou laranja

Alimentos de origem animal

- Leite
- Ovos
- Fígado.

Tomate, um antioxidante potente

O tomate ficou conhecido pelo fitonutriente mais potente que existe para prevenir e tratar do cancro da próstata, o licopeno. Este fitonutriente é considerado um antioxidante, ou seja, não permite que radicais livres oxidem no nosso organismo, prevenindo consequências graves para a saúde.

A nível cardíaco, este fitonutriente não permite que o LDL (mais conhecido como mau colesterol) oxide, prevenindo a não formação de placas de ateroma, que podem provocar arteriosclerose, por exemplo.
O tomate também possui vitaminas importantes e igualmente antioxidantes tais como vitamina C e um mineral que é responsável pelo controlo da manutenção dos líquidos celulares e também da pressão arterial, entre outras funções. O licopeno encontra-se em todas as formas de tomate, seja fresco, cozinhado, em polpa ou mesmo em ketchup.

Uvas fazem bem ao coração

Já ouviu dizer: “Um copo de vinho tinto à refeição faz bem ao coração?” Os fitonutrientes presentes nas uvas chamam-se resveratrol e flavonóides, presentes em maior concentração no vinho tinto. Na realidade, está provado que o sumo de uva fermentado (vinho) diminui a pressão sanguínea e os níveis de colesterol.
Estes fitonutrientes são também antioxidantes. O resveratrol existe também numa planta, a Azeda. Nesta pequena flor existe 100 vezes mais do que no vinho tinto ou nas uvas, no entanto, deve optar pelas uvas e pelo vinho tinto e ter em atenção que quanto mais escuro for a uva e o vinho maior teor de resveratrol possui.

Frutos secos activam a memória

As nozes são frutos secos de alto valor calórico, daí a sua ingestão não ser muitas vezes aconselhada pelos nutricionistas. No entanto, devemos comer um punhado de nozes por dia para ingerirmos vitamina E, fósforo e magnésio suficientes para combater o desgaste intelectual.

Existem alguns estudos que comprovam que estes frutos secos são um bom tónico cerebral. A vitamina E é um potente antioxidante, assim com as vitaminas A e C.Este tipo de vitaminas não permite a oxidação de radicais livres ou de substâncias com poder para provocar danos celulares. 

Assim, em conjunto com minerais e alguns fitonutrientes, os frutos secos tornam-se um alimento a privilegiar por todos. De crianças a adultos, de estudiosos a atletas, um punhado de nozes previne e potencializa o corpo e a mente. Visto serem altamente calóricos deverão ser consumidos pela manhã.

Feijão, alimento quase perfeito!

Os feijões são considerados leguminosas secas encaixando-se no grupo de hidratos de carbono. Possuem alto valor calórico, hidratos de carbono, proteínas e lípidos. Daí se considerar que se podia sobreviver apenas a comer feijão, dia e noite. No entanto, para este alimento quase perfeito falta apenas um aminoácido, que se encontra em abundância no arroz, a metionina.

Para entendermos um pouco melhor vamos fazer um paralelismo. Imagine um comboio com várias carruagens, cada carruagem é um aminoácido e o seu conjunto forma então o comboio, que é a proteína. Estes aminoácidos na nutrição dividem-se em não essenciais (os que o nosso corpo tem capacidade de produzir) e os essenciais, aqueles que temos que ingerir, apenas presentes nos alimentos.

O feijão tem tudo, essenciais e não essenciais, mas falta-lhe a tal metionina que está presente no arroz branco. Daí o conjunto de arroz com feijão ser uma potente forma de ingestão de todos os nutrientes necessários à boa nutrição humana. Apesar do seu valor nutricional, este prato também é uma potente forma de ganhar quilinhos a mais. Assim, aconselha-se uma colher de sopa de feijão para três colheres de sopa de arroz.

Aipo, sódio na medida certa!

O aipo é um alimento que possui exactamente a mesma percentagem de sódio que devemos consumir diariamente, e que se situa numa quantidade de 2,4 g. No entanto, os alimentos que possuem mais sódio, em 100 g de produto são: o sal de cozinha com 38,76 g, a canja com 24 g e a azeitona verde que tem em média 1,56 g de sódio.

A função deste mineral no nosso organismo é a de equilíbrio e de manutenção dos líquidos no corpo. A falta de sal pode provocar náuseas, depressão, tonturas, dores de cabeça e fraqueza muscular, por outro lado, o seu excesso, muito mais comum, pode provocar disfunção renal, hipertensão e ganho de peso.

Abacate e beringela reduzem colesterol

Abacate

Altamente nutricional e rico em calorias. É um fruto que se privilegia pela presença de grande quantidade de lípidos, cerca de 18 g por 100 g de alimento. Estes lípidos são realmente importantes para a manutenção corporal, pois têm uma percentagem elevada de ácidos gordos monoinsaturados.

Este tipo de gordura tem a capacidade de reduzir o colesterol total, o colesterol LDL (mau colesterol) e os já conhecidos de todos, os triglicéridos. Após uma semana de ingestão deste fruto é possível verificar a eficácia deste alimento, no entanto, sendo altamente calórico a sua ingestão deve ser sempre controlada. Beringela
Ao contrário do abacate, mas com as mesmas funções a nível cardiovascular, encontra-se a beringela. Sendo de baixo valor calórico a beringela potencializa a descida do colesterol LDL, mas também está relacionada com a prevenção de algumas infecções urinárias e alguns tipos de cancro. 

Deve-se comer sempre a casca da beringela, é lá que se encontra o fitonutriente antocianina que tem estas capacidades. Para além de ter funções de tratamento e prevenção, também é um laxativo natural ao qual poderemos recorrer em caso de obstipação.

Pêra, boa para drenar líquidos

É um alimento rico em vitaminas, açúcar, água e potássio. Sendo um alimento suculento acreditava-se que o seu formato estava correlacionado com o útero da mulher e que prevenia edemas e dores menstruais. Hoje em dia associa-se esse facto à presença do mineral potássio que consegue drenar líquidos em excesso no corpo.

Espinafres, alimento com poder

Já dizia o Popeye que dava força, devido ao ferro que possui, no entanto, é um pouco mais que isso. Todas as folhas verdes da natureza têm grandes quantidades de ferro, entre outras vitaminas, que dão a capacidade de reduzir o risco de doenças como o cancro, as doenças cardíacas, e regularizar anemias.

Além disso, também possuem fitonutrientes, como a luteína, que previne o aparecimento do cancro do cólon. Aconselha-se um consumo diário de 400 gramas de folhas verdes escuras para o efeito terapêutico ser notório.